Friday, December 23, 2011

Anuário Relógios & Canetas - 15 anos ao serviço do Património Relojoeiro

A edição 2012 do Anuário Relógios & Canetas já está nas bancas. São 15 anos de dedicação total à Alta Relojoaria e aos Instrumentos de Escrita. A propósito, pode ganhar uma Montblanc Meisterstück 149. Para tal, registe-se aqui e escreva uma frase.

Monday, July 18, 2011

Passeio pelo Tempo (parado) de Lisboa

Sábado, 16 de Junho, entre as 10h30 e as 17h30, um grupo de mais de 60 pessoas andou por onde lisboetas e forasteiros não costumam andar, viram a cidade de ângulos inesperados, foram sensibilizadas para o património relojoeiro0 público da cidade, que continua ao abandono.

Do cimo do Arco da Rua Augusta, constataram que o relógio estava parado. Do alto do Convento do Carmo, repararam que o seu marcador de tempo também não fazia tic-tac... Apesar de ambos os relógios terem sido alvo de reparação e restauro relativamente recente.

Para quem quiser saber mais sobre o passeio, pode ir aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui.

Saturday, July 9, 2011

Viagem pelo Tempo Público de Lisboa, sábado, 16 de Julho

O tempo, só por si, não existe. Apenas na sua relação com o Espaço, com os diversos Espaços, o tempo ganha corpo.

Os Tempos Religioso, Político, Económico, Científico e Social foram, ao longo dos séculos, tendo os seus marcadores - relógios públicos que regularam o quotidiano das populações.

É pois um passeio pelo Tempo Público de Lisboa que a associação cultural e de defesa do património Falar Lisboa propõe.

A partir de um ponto simbólico da cidade, o Arco da Rua Augusta, espaço normalmente vedado ao público, o jornalista e investigador do Tempo, Fernando Correia de Oliveira, falará das várias centralidades do tempo colectivo em Lisboa, desde o século XIV até à actualidade, numa perspectiva à vol d'oiseau sobre estas realidades.

Segue-se uma incursão ao Convento do Carmo, onde haverá oportunidade de ver o seu relógio e os trabalhos de ligação dos níveis Rua do Carmo/Largo do Carmo (Projecto Siza Vieira). Pelo meio, um almoço na zona da Baixa-Chiado.

A digressão pelo Tempo Público da capital ocorre no próximo sábado, 16 de Julho, das 10h30 às 17h30. O evento inclui almoço e o preço por pessoa é de 15 € para sócios do Falar Lisboa e de 20 € para não sócios. Informações e inscrições através de Ana Aires Fernandes (ana.a.fernandes@hotmail.com)

Tuesday, March 29, 2011

Relógio do Arco está em stand by


Ou seja, está como o país, pelo menos até Junho: eram 8h30 e estava parado (desde há bastantes dias) nas 11h05m. Não há pachorra para esta novela do relógio do Arco da Rua Augusta. Por que não contratam outro relojoeiro?

Friday, March 11, 2011

Relojoaria Pública de Lisboa - palestra

Palestra de Fernando Correia de Oliveira

A cidade e os seus marcadores colectivos de tempo, ao longo da História. Os poderes religioso, político, económico, científico e social no seu relacionamento com o Tempo. Os Relógios e Lisboa como pano de fundo.

Terça-feira, 15 de Março, a partir das 19h00, no Forno do Alfarrabista, no Beco dos Cavaleiros (Martim Moniz / Mouraria - parque de estacionamento do Martim Moniz). Inclui jantar. Preço - 12 €

Inscrições pelo telefone 93 281 86 96 (D. Filomena) ou por email palavraroubadaaopordosol@gmail.com

Monday, February 28, 2011

E está novamente ... certo

Este relógio do Arco gosta de nos trocar as voltas e ora está certo, ora atrasa (ou adianta, conforme a perspectiva de quem o olha). Um mistério ...

Friday, February 25, 2011

Wednesday, February 23, 2011

Recomendação de Os Verdes sobre relógios públicos de Lisboa aprovada por unânimidade

Hospital dos Capuchos, Lisboa

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou, por unanimidade, na sua última sessão, uma recomendação do Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes” sobre a “Preservação e promoção dos Relógios Históricos da Cidade de Lisboa”.

A Recomendação pretende que a Câmara Municipal de Lisboa preserve e promova os relógios históricos da cidade, "pois constituem um testemunho da nossa Arte, História e do Património Colectivo", dizem Os Verdes.

"Devem, por isso, ser preservados, mantidos em boas condições e valorizados", defende o partido. "Para tal importa proceder à inventariação dos locais com Relógios Públicos na cidade, visando a sua salvaguarda, preservação e manutenção; à criação de um Núcleo Museológico do Tempo e proceder, através de parcerias, à criação de um Roteiro de Relógios Históricos de Lisboa."

Monday, February 21, 2011

Os Verdes e os Relógios Históricos de Lisboa

A Torre do Galo, na Ajuda

O Grupo Municipal de “Os Verdes” na Assembleia Municipal de Lisboa entregou uma Recomendação sobre a “Preservação e promoção dos Relógios Históricos da Cidade de Lisboa”, para ser discutida e votada na reunião de amanhã, dia 22 de Fevereiro de 2011.

A Recomendação sobre a “Preservação e promoção dos Relógios Históricos da Cidade de Lisboa” pretende que a Câmara Municipal de Lisboa preserve e promova os relógios históricos da cidade de Lisboa pois constituem um testemunho da nossa Arte, História e do Património Colectivo. "Devem, por isso, ser preservados, mantidos em boas condições e valorizados", defende o partido. "Para tal importa proceder à inventariação dos locais com Relógios Públicos na cidade, visando a sua salvaguarda, preservação e manutenção; à criação de um Núcleo Museológico do Tempo e proceder, através de parcerias, à criação de um Roteiro de Relógios Históricos de Lisboa."

Sunday, January 30, 2011

Lisboa fora de horas

Notícia no Cidades, Público de 30 de Janeiro de 2011:

Relógios públicos de Lisboa andam ao deus-dará

Mais de metade dos relógios públicos antigos de Lisboa estão parados. Quem o diz é o investigador do tempo Fernando Correia de Oliveira, que atribui o abandono a que muitas destas peças históricas estão votadas à relação "doentia" que os portugueses têm com o tempo.

Por Ana Henriques (texto) e Miguel Manso (fotografia)

Fernando Correia de Oliveira, investigador da história do tempo e da relojoaria, aponta o mecanismo da Torre do Galo, na Ajuda, como um exemplo do abandono a que estão votados os relógios públicos antigos de Lisboa. Pormenor: a torre barroca encimada por um catavento em forma de galo fica a uma escassa centena de metros do Palácio da Ajuda, sede do Instituto do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) e do Ministério da Cultura. Visto de fora, o edifício de pedra com mostradores em todas as faces parece simplesmente por recuperar.

O especialista explica no entanto que, no interior da torre, o mecanismo de ferro do relógio está ligado a um complexo sistema de carrilhões assente em estrados de madeira que podem desmoronar-se a qualquer momento, até porque houve aqui um incêndio há algumas décadas. Trata-se de um dos exemplares mais interessantes da relojoaria grossa nacional, observa, fabricado por um exímio mestre relojoeiro do Convento de Mafra no séc. XVIII, José da Silva. Fazia parte da Real Barraca, as instalações em madeira que D. José mandou fazer depois de o terramoto de 1755 o ter feito fugir da zona do Terreiro do Paço. O estado a que chegou "é chocante", diz Fernando Correia de Oliveira.

Igualmente preocupante é a situação dos relógios públicos existentes nos hospitais do centro de Lisboa que irão ser desmantelados. O desconhecimento do seu valor pode ditar a destruição. O especialista fala de um pequeno carrilhão ao abandono no Hospital de S. José, que não está sequer à vista, e num relógio com sino numa torre num pátio no Hospital dos Capuchos: "Este património desconhecido pode ir todo parar ao lixo." Outro perdeu-se para sempre, como os relógios florais da rotunda do aeroporto. "Um dizia "bem vindo" e outro "boa viagem". Foi tudo destruído."

"Há uma insensibilidade e um desprezo quase total dos poderes públicos perante estas questões", descreve. O facto de os técnicos do património terem uma formação habitualmente ligada apenas à história da arte pode ajudar a explicar o desinteresse. "Toda a Europa estima os seus relógios; são considerados património colectivo." Mesmo mostradores de madeira pintada existentes em países com climas bem mais rigorosos que o português, como a Alemanha, são mantidos em condições, prossegue. A que se deve a atitude nacional? "É o nosso desmazelo e a nossa má relação com o tempo exacto, a que não damos valor." Mesmo instituições que dantes mantinham as suas máquinas a funcionar de forma irrepreensível, como os Correios, já não têm o mesmo cuidado. Que o diga o relógio da estação da Praça D. Luís, junto ao mercado da Ribeira. O mostrador amarelado e os ponteiros parados no tempo desfiguram a solenidade do torreão em que mora desde os anos 50. Não está sozinho no seu infortúnio: no vizinho Largo de S. Paulo, um dos mostradores da igreja já nem ponteiros tem.

A CP é das poucas entidades que continuam a manter bons padrões de funcionamento, nota Fernando Correia de Oliveira. Por vezes, os mecanismos foram retirados dos seus lugares originais e colocados nos núcleos museológicos que a empresa tem espalhados pelo país. A Fundação Portuguesa das Comunicações podia fazer algo de semelhante com o espólio dos antigos CTT, Marconi e TLP que tem armazenado, sugere. Em vez de o ter depositado nos armazéns, longe da vista do público, poderia aproveitar os diferentes relógios que tem para criar um núcleo museológico do tempo.

Um pouco adiante, o fracasso do restauro do relógio do Arco da Rua Augusta é exemplar de como, mesmo havendo um mecenas, um processo que tinha quase tudo para correr bem pode emperrar. O relógio do arco marca agora a hora certa. Por quanto tempo? É impossível saber. Ainda há cinco dias estava parado. As oscilações de humor duram-lhe desde 2007, altura em que a Torres Joalheiros empreendeu uma missão de mecenato com a marca de alta relojoaria Jaeger-LeCoultre para financiar o restauro desta e doutras peças notáveis de Lisboa há muito adormecidas. A reentrada em funcionamento de um mecanismo que se encontrava parado há anos foi feita numa cerimónia que contou com a presença da ministra da Cultura e de vários outros responsáveis pelo património - o que não impediu que, escassos dias mais tarde, o mostrador já registasse um atraso de dez minutos. Mais de três anos e de 36 mil euros depois, valor da verba paga pelos mecenas, o problema não está resolvido. O mestre relojoeiro que consertou o maquinismo - produzido pelo seu avô no final da década de 1930 para substituir o original, que tinha deficiências de funcionamento - chegou a queixar-se de que o Igespar nem sempre lhe facultava a chave que lhe permitia aceder ao arco para fazer a manutenção regular do aparelho. Em relógios mecânicos, como é o caso, e ainda por cima numa zona de alguma humidade por causa da proximidade do rio, os pequenos acertos periódicos feitos pelo relojoeiro são indispensáveis. O peso dos ponteiros de um sistema desta dimensão também contribui para os desacertos. A estes desentendimentos somaram-se os danos provocados pelas obras que o Estado resolveu a seguir fazer no edifício, com o intuito de o abrir de forma permanente ao público - o que, apesar de estar previsto no protocolo com a Torres, nunca sucedeu até hoje. "O relógio ficou num estado deplorável por causa da poeira resultante da limpeza da pedra", recorda Paulo Costa Dias, da empresa benemérita. Seguiu-se nova reparação. A Torres disponibilizou-se para patrocinar o restauro de mais dois relógios monumentais, o da Sé e o do Mosteiro de S. Vicente de Fora. "Mas sentimo-nos menos motivados depois do falhanço da Rua Augusta", admite o mesmo responsável, que continua à espera que o relógio volte a trabalhar em condições para avançar para mais mecenatos.

Talvez não seja fácil. "Este relógio nunca funcionou bem", diz Fernando Correia de Oliveira. E revela um segredo bem guardado: durante a II Guerra o relógio foi munido com um sistema de sirenes, que avisariam os habitantes caso Lisboa viesse a ser bombardeada.

Paulo Costa Dias diz que os problemas estruturais do edifício da Sé são outro obstáculo ao restauro daquele que é o primeiro relógio público de Lisboa, e que está igualmente parado. Com um único ponteiro, o das horas, não era máquina de grande precisão, mas na Idade Média isso também não tinha grande importância. Inicialmente nem sequer tinha mostrador. "Não era para mostrar as horas, era para as bater, com os sinos", explica Fernando Correia de Oliveira. Era através dele que mouros e judeus sabiam que era altura de recolherem aos seus bairros, cujas portas se fechavam às 18h para só reabrirem às 7h do dia seguinte. O investigador chama a atenção para um pequeno quadrado que está a meio da torre da Sé. Passa quase despercebido, até porque a numeração já se encontra apagada, mas é um relógio de sol. Era por ele que na Sé se acertava o mecanismo dos carrilhões.

E quem quiser saber as horas mesmo certinhas é ir ao Cais do Sodré. Na esquina das agências europeias, o relógio da hora legal transmite o tempo oficial emitido pela única entidade habilitada para o fazer - o Observatório Astronómico da Ajuda (através de um "diálogo" entre computadores, um instalado na Tapada da Ajuda, outro na guarita do Cais do Sodré). "Ao fim de muitos anos e também de muitas peripécias, parece que finalmente o relógio está a servir para o que foi criado. É só pena não ter ponteiro dos segundos", diz Fernando Correia de Oliveira.

O PÚBLICO tentou obter junto de diversas entidades explicações para a existência de tantos relógios mortos cidade fora. Os Correios de Portugal dizem que não há nada a fazer no caso da Praça D. Luís. "O relógio está avariado e não tem arranjo.Há dois anos que sabemos isso", refere o assessor de imprensa dos CTT, Fernando Marante.

Já o Igespar remeteu todas as explicações para a Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, que não conseguiu responder em tempo útil. Questionada sobre se o instituto tem nos seus quadros pessoal especializado neste tipo de património, a sua porta-voz, Maria Resende, respondeu: "Não tem nem tinha que ter, na medida em que, sempre que se torna necessário, recorre a outras entidades com técnicos na área em questão."

Fernando Correia de Oliveira lamenta a falta de especialistas na reparação da relojoaria grossa. A meia dúzia que ainda existe fá-lo por tradição familiar ou vem da Marinha, instituição onde os cronómetros nunca deixaram morrer este ofício. Pelas suas contas, mais de metade dos relógios públicos antigos de Lisboa estão parados.

Friday, January 28, 2011

Estado desastroso da relojoaria pública em Lisboa, domingo no Público

O estado de calamidade que atingiu a relojoaria pública na capital - os relógios estão quase todos parados, ao abandono - é tema de reportagem na edição de domingo no Público. Na imagem, a Torre do Galo, na Ajuda, onde um raro relógio do século XVIII, de fabrico nacional, está em risco de se perder.

Wednesday, January 26, 2011

E continua a trabalhar e CERTO!


Desde há dias a funcionar certo, é caso de espanto e agradecimento. Hossana nas alturas! Até quando?

Wednesday, January 19, 2011

E continua a trabalhar mas ...

Vinte minutos atrasado. Em que ficamos? Já chega desta novela caricata do Relógio do Arco da Rua Augusta!